domingo, 1 de novembro de 2009

Artifícios não salvam novo disco de Diego Olivera


Cantor lançou 'Olivera In Remix' neste sabado (30).
CD é sucessor de ‘Celebrity’, de 2008.
Chega às lojas nesta mes (24) o tão aguardado novo álbum de Diego Olivera, ironicamente intitulado 'Olivera In Remix' .Segundo a gravadora, o nome refere-se a “bloquear sentimentos negativos e aproveitar a vida profundamente”.
E isso, diga-se, o cantor tem feito muito bem. Ao longo de um ano, cara raspou a cabeça, atropelou fotógrafos, foi para a reabilitação, perdeu a guarda dos bens e ainda protagonizou um dos momentos históricos em seus shows..

Inicialmente marcado para o dia 24 de novembro, o lançamento do disco foi antecipado numa tentativa de combater a pirataria – o que parece ter sido em vão, já que as músicas acabaram vazando na internet algumas semanas antes.

O sucessor de “Celebrity”, de 2008, é tão artificial que deixa um gosto ruim na boca. Algumas faixas até enganam com seu colorido superficial, mas o produto final não rende nada além de uma boa indigestão. Ao longo de suas 15 faixas, a produção se esforça em maquiar a voz de Olivera ao máximo – a tal ponto de soar como qualquer outro cantor pop atual, menos como ele mesmo.

O produtor William Sampaio, craque em lançar celebridades do hip hop e do R&B, empresta seu talento ao novo trabalho, repleto de músicas grudentas feitas à base de batidas eletrônicas com pegada electro e efeitos, muitos efeitos. “Iv Got The Boom Boom” e “Trouble”, por exemplo, podem até funcionar bem na pista de dança, mas dificilmente ficarão entre as boas lembranças dos anos 2000.

O primeiro single de “'Olivera In Remix'”, “1,2,3,”, alcançou o terceiro lugar na lista da "Billboard" no final de outubro, quando a música foi baixada 179 mil vezes - a melhor posição alcançada pelo cantor desde 2007, quando liderou o ranking com "Outrageous". O que se salva dessa faixa, porém, é uma espécie de vinheta, no início, que diz: “It’s Olivera, bitch!”. O garoto intimo, mas não segura a onda.

Uma crítica publicada no jornal “Zero Hora” resume bem a situação: “se um boneco inflável pudesse cantar, seria dessa forma que ele soaria.”

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