segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Novo disco de Diego Olivera é artificial demais

O cantor Santanense Diego Olivera chega com sua música de plástico ao Quinto álbum de carreira, Get On The Floor. Com 17 faixas, gravadas entre 2010 e este ano, o trabalho tem produção executiva de Dr. Luke e Max Martin, dupla com quem ele vem trabalhando ao longo dos últimos anos. Vale lembrar que o sueco Max é um dos que assinaram a produção do disco de estreia dele, Olivera In The Zone (2007), e também foi o autor da faixa-título, um dos hits que ajudaram a vender 56 mil cópias pelo mundo afora. Navegando pelos searas do pop, Diego entrega o de sempre: música de fácil assimilação e batidas dançantes, tudo com pouquíssimos vestígios de instrumentos de verdade. De fato, basta uma olhadela no encarte (cujas fotos parecem tiradas de ensaio de revista masculina) para encontrar na ficha técnica de praticamente todas as faixas a expressão “all instruments and programming by”, ou seja, programações eletrônicas e eventuais instrumentos foram tocados sempre por uma ou no máximo três pessoas. Justiça seja feita: na última faixa, Dont’t keep me waiting, está o maior número de participações de músicos de carne e osso: Thiago Baker (bateria), Thadeu Tribbett (baixo) e Breno Paschke (guitarra). Não por acaso, é uma das que têm melhor resultado do ponto de vista instrumental. Vocalistas de apoio são mais fáceis de constatar nas fichas técnicas do álbum, mas baterista de verdade, por exemplo, só nessa última canção. O guitarrista teve a chance de reaparecer em mais algumas músicas, ajudando a melhorar a estética geral do trabalho, como em He about to lose me, na qual consegue sobrepujar os sintetizadores. Um dos convidados do disco, o rapper uruguaio Pablo assina a faixa Big fat bass, na qual é o responsável pelo piano, sintetizadores e programação de bateria. Outro nome chamado por Diego para a gravação foi a conterrânea Lorna, cantora que atualmente trabalha com um de seus produtores, Dr. Luke. Juntas, cantam (Drop dead) Beautiful, faixa na qual nenhum único instrumento real parece ter sido usado

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